Perguntas sobre chá e café, câncer e outras doenças degenerativas e os hormônios.
Existe uma cultura popular de saúde que circula ideias errôneas sobre nutrição, e o consumo de café tem sido um alvo constante dessa cultura. Costuma-se dizer que o café é uma droga, não um alimento e que sua ação medicamentosa é mais prejudicial que qualquer benefício nutricional que a bebida possa oferecer. A maioria dos médicos concorda com essas ideias do "senso comum" e forma uma barreira autoritária contra a assimilação de informações científicas sobre o café.
Acho que seria bom reconsiderar o lugar do café na dieta e nos cuidados com a saúde.
Os consumidores de café têm menor incidência de doenças da tireoide, inclusive câncer.
A cafeína protege o fígado do álcool, do acetaminofeno (Tylenol) e de outras toxinas. Além disso, os consumidores de café têm menos probabilidade de apresentar enzimas séricas elevadas e outros indícios de danos ao fígado do que as pessoas que não consomem café.
A cafeína protege contra o câncer causado por radiação, carcinógenos químicos, vírus e estrogênios.
A cafeína atua em conjunto com a progesterona e aumenta sua concentração no sangue e nos tecidos.
A doença cística da mama não é causada pela cafeína. Na verdade, é provável que os efeitos da cafeína sejam protetores; vários estudos mostram que o café e o chá protegem contra o câncer de mama.
O café fornece quantidades muito significativas de magnésio bem como outros nutrientes, incluindo a vitamina B1.
A cafeína "melhora a eficiência calórica do alimento" e o seu desempenho: JC Wagner 1989.
As pessoas que bebem café têm uma baixa incidência de suicídio.
A cafeína favorece a absorção de serotonina nos nervos e inibe a agregação de plaquetas sanguíneas.
Descobriu-se que os consumidores de café têm menos cádmio nos tecidos; a preparação do café remove metais pesados da água usada.
O café inibe a absorção de ferro se tomado com as refeições, ajudando a evitar a sobredosagem do ferro.
A cafeína, assim como a niacina, inibe a apoptose, protegendo contra a morte celular induzida pelo estresse sem interferir na renovação normal das células.
A cafeína pode evitar a morte de nuerônios.
O café (ou a cafeína) previne a doença de Parkinson (Ross, et al., 2000).
A diminuição do crescimento do bebê durante a gestação que pode ser causado pela dieta com grandes quantidades de cafeína é evitado pela suplementação com açúcar.
A cafeína interrompe a produção de radicais livres ao inibir a xantina oxidase, um fator importante no estresse dos tecidos.
A cafeína reduz o potássio sérico após o exercício; estabiliza as plaquetas e reduz a produção de tromboxano.
Uma definição de vitamina é que ela é uma substância química orgânica encontrada nos alimentos, cuja falta causa uma doença específica ou um grupo de doenças. Várias substâncias que foram propostas como vitaminas não foram reconhecidas como essenciais e algumas substâncias que não são essenciais às vezes são chamadas de vitaminas. Geralmente, essas questões não foram suficientemente investigadas cientificamente, mas muitas vezes aspectos não científicos regulam as ideias nutricionais.
A definição de "doença" não é tão clara quanto os autores de livros didáticos dão a entender e "causalidade" em biologia é sempre mais complexa do que gostaríamos de acreditar.
A nutrição é uma das ciências mais importantes e certamente deveria ser tão prestigiada e bem financiada quanto a astrofísica e a física nuclear, mas enquanto as pessoas dizem que "não é preciso um neurocirurgião para descobrir isso", ninguém diz "não é preciso um nutricionista para entender isso". Em parte, isso se deve ao fato de que a medicina tratou a nutrição científica como um enteado ilegítimo e se recusou, ao longo do século XX, a reconhecer que ela é uma parte central dos cuidados científicos com a saúde. Na década de 1970, médicos e nutricionistas ainda ridicularizavam a ideia de que a vitamina E poderia prevenir ou curar doenças do sistema circulatório, e tanto bebês quanto idosos recebiam "nutrição intravenosa total" que carecia de nutrientes essenciais à vida, ao crescimento, à imunidade e à cura. A medicina e a ciência são fortemente institucionalizadas, e nenhuma instituição ou profissão existiu com o objetivo de incentivar as pessoas a agir de forma razoável.
Nesse ambiente, a maioria das pessoas achava que as sutilezas da definição, da lógica e das evidências não eram importantes para a nutrição e uma grande quantidade de energia foi gasta para decidir se havia "quatro grupos de alimentos" ou "sete grupos de alimentos" ou uma "pirâmide nutricional". Os motivos por trás das políticas nutricionais governamentais geralmente representam algo além de uma simples preocupação científica com a boa saúde, assim como quando as instituições de saúde dizem que os bebês mexicanos devem começar a comer feijão quando atingem a idade de seis meses ou que os não brancos não precisam de leite após o desmame. Em uma cultura que desestimula o aleitamento materno prolongado, os efeitos dessas doutrinas podem ser graves.
Após um século de nutrição científica, as políticas públicas de nutrição estão causando aproximadamente tanto mal quanto bem, porém estão piorando mais rapidamente do que melhorando.
Nessa cultura, o que precisamos desesperadamente é reconhecer a complexidade da vida e a situação político-ecológica em que nos encontramos. Qualquer pensamento que não seja o "pensamento sistêmico" deve ser tratado com cautela e a maioria dos pensamentos contemporâneos sobre saúde ignora a consideração de partes relevantes do sistema-problema. As recomendações "oficiais" sobre sal, colesterol, ferro, gorduras saturadas e insaturadas e soja têm sido, em geral, inadequadas, não científicas e fortemente motivadas por interesses comerciais e não por conhecimento biológico.
As definições raramente distinguem claramente entre nutrientes e medicamentos e novas motivações comerciais estão ajudando a obscurecer ainda mais as distinções.
Nutrientes essenciais, nutrientes defensivos (desintoxicantes, antiestresse), nutrientes moduladores de hormônios, nutrientes de autoatualização, nutrientes reguladores de crescimento, modificadores de estrutura, agentes de prolongamento da vida, nutrientes ativos ao longo de gerações (imprinting) - a linha entre nutrientes e modificadores biológicos geralmente depende da situação. As vitaminas D e A têm claramente propriedades semelhantes às dos hormônios e os efeitos da vitamina E e de muitos terpenoides, esteroides e bioflavonoides encontrados nos alimentos incluem ações semelhantes às dos hormônios, bem como funções antioxidantes e pró-oxidantes. O conceito de "adaptogênico" pode incluir coisas que agem tanto como drogas quanto como nutrientes.
Alguns estudos sugeriram que quantidades mínimas de nutrientes poderiam ser transmitidas por algumas gerações, mas as evidências agora indicam que esses efeitos transgeracionais são causados por fenômenos como o "imprinting". Mas os efeitos hereditários dos nutrientes são tão complexos que seu reconhecimento forçaria a nutrição a ser reconhecida como uma das ciências mais complexas, entrelaçada com as complexidades do crescimento e do desenvolvimento.
A ideia de que uma nutrição deficiente atrasa o crescimento levou à ideia de que uma boa nutrição pode ser definida em termos da taxa de crescimento e do tamanho alcançado. Na medicina, é comum referir-se a um espécime obeso como "bem nutrido", como se a quantidade de alimentos e a quantidade de tecido fossem necessariamente coisas boas. Mas os venenos também podem estimular o crescimento ("hormese") e a restrição alimentar pode aumentar a longevidade. Ainda temos que determinar aspectos básicos, como a taxa ideal de crescimento e o tamanho ideal.
Os livros didáticos de nutrição descrevem categoricamente a cafeína como uma droga, não um nutriente, como se fosse óbvio que os nutrientes não pudessem ser drogas. Qualquer um dos nutrientes essenciais, se usado isoladamente, pode ser usado como droga para um efeito específico no organismo que normalmente não teria quando ingerido como componente de um alimento comum. E os alimentos naturais contêm milhares de substâncias químicas, além dos nutrientes essenciais. Muitos deles são chamados de nutrientes não essenciais, mas sua importância está sendo cada vez mais reconhecida. A verdade é que não temos certeza da razão de serem essenciais. Até que tenhamos um conhecimento mais definido sobre o organismo, não acho que devamos categorizar as coisas de forma tão absoluta como drogas ou nutrientes.
Os efeitos ruins atribuídos ao café geralmente envolvem a administração de grandes doses em um curto período. Embora se diga comumente que a cafeína aumenta a pressão arterial, esse efeito é leve e pode não ocorrer durante o uso normal do café. Os pesquisadores geralmente ignoram fatores essenciais. Beber água pode causar um aumento extremo da pressão arterial, especialmente em pessoas idosas, e comer uma refeição que contenha carboidratos pode reduzir a pressão arterial. O aumento da taxa metabólica que a cafeína produz aumenta o consumo celular de glicose, portanto, os experimentos que estudam os efeitos do café tomado com o estômago vazio estão medindo os efeitos do aumento da temperatura e da taxa metabólica combinados com o aumento da adrenalina (resultante da diminuição da glicose), confundindo assim a questão dos efeitos intrínsecos da cafeína.
Em um estudo (Krasil'nikov, 1975), as drogas foram introduzidas diretamente na artéria carótida para estudar os efeitos nos vasos sanguíneos do cérebro. A cafeína aumentou o volume de sangue no cérebro, ao mesmo tempo em que diminuiu a resistência dos vasos, e esse efeito é o que se espera da estimulação do metabolismo cerebral e do consequente aumento do dióxido de carbono que dilata os vasos sanguíneos.
Em todo o corpo, o aumento do dióxido de carbono também diminui a resistência vascular, o que permite o aumento da circulação, enquanto o trabalho do coração diminui em relação à quantidade de sangue bombeado. Porém, quando o metabolismo de todo o corpo é aumentado, a nutrição adequada é fundamental.
Em experimentos com animais que foram usados para argumentar que mulheres grávidas não devem tomar café, grandes doses de cafeína administradas a animais prenhes retardaram o crescimento dos fetos. Mas a simples administração de mais sacarose evitou o retardo no crescimento. Como a cafeína tende a corrigir alguns dos problemas metabólicos que podem interferir na gravidez, é possível que experimentos racionalmente construídos mostrem benefícios para o feto decorrentes do uso de café pela mãe, por exemplo, diminuindo a bilirrubina e a serotonina, prevenindo a hipoglicemia, aumentando a perfusão uterina e a síntese de progesterona, sinergizando com a tireoide e o cortisol para promover a maturação pulmonar e fornecendo nutrientes adicionais.
Uma das concepções errôneas mais populares sobre a cafeína é que ela causa a doença fibrocística da mama. Vários grupos demonstraram claramente que ela não causa mas não havia razão para que eles tivessem que se preocupar, exceto por uma série de artigos incrivelmente incompetentes, mas altamente divulgados de J. P. Minton, da Ohio State University. Minton não observou que a mama saudável contém uma alta porcentagem de gordura e que a mama inflamada e doente tem uma proporção maior de material glandular. As células de gordura têm um baixo nível de AMP cíclico, uma substância reguladora que está associada à diferenciação e à função celular normal e está envolvida na mediação da capacidade da cafeína de inibir a multiplicação de células cancerígenas. Minton argumentou que o AMP cíclico aumenta progressivamente com o grau da doença mamária, até chegar ao câncer, e que o AMP cíclico é aumentado pela cafeína. Várias outras substâncias, além da cafeína, que inibem o crescimento das células cancerosas (bem como das células normais da mama) agem aumentando a quantidade de AMP cíclico, enquanto o estrogênio reduz a quantidade de AMP cíclico e aumenta o crescimento celular. O argumento de Minton deveria ter sido o uso de mais cafeína, proporcionalmente ao grau de doença da mama, se ele estivesse argumentando logicamente a partir de suas evidências. O efeito da cafeína na mama é semelhante ao da progesterona, opondo-se aos efeitos do estrogênio.
Muitos estudos realizados nos últimos 30 anos mostraram que a cafeína é altamente protetora contra todos os tipos de carcinogênese incluindo os efeitos carcinogênicos do estrogênio na mama. Atualmente, a cafeína está sendo usada junto com alguns dos tratamentos padrão contra o câncer para melhorar seus efeitos ou reduzir seus efeitos colaterais. Além da cafeína, há substâncias no grão de café que protegem contra mutações e câncer e que demonstraram fortes efeitos terapêuticos contra o câncer. Embora muitas substâncias vegetais sejam protetoras contra mutações e câncer, não conheço nenhuma que seja tão livre de efeitos colaterais quanto o café.
Para falar sobre a cafeína, é necessário falar sobre o ácido úrico. O ácido úrico, sintetizado no corpo, é um estimulante e um antioxidante muito importante e sua estrutura é muito semelhante à da cafeína. A deficiência de ácido úrico é um problema sério. A cafeína e o ácido úrico fazem parte do grupo de substâncias químicas chamadas purinas.
As purinas (juntamente com as pirimidinas) são componentes dos ácidos nucleicos (DNA e RNA), mas têm muitas outras funções. Em geral, as substâncias relacionadas às purinas são estimulantes e as substâncias relacionadas às pirimidinas são sedativas.
Quando a estrutura básica da purina é oxidada, ela se transforma em hipoxantina, xantina e ácido úrico por meio da adição de átomos de oxigênio. Quando grupos metil (CH3) são adicionados aos nitrogênios no anel de purina, a molécula se torna menos solúvel em água. A xantina (um intermediário no metabolismo da purina) tem dois átomos de oxigênio e, quando três grupos metil são adicionados, ela se torna trimetil xantina – também conhecida como cafeína. Com dois grupos metil é a teofilina, cujo nome se deve à sua presença no chá. Temos sistemas enzimáticos que podem adicionar e subtrair grupos metil: por exemplo, quando bebês recebem teofilina, eles podem convertê-la em cafeína.
Temos enzimas que podem modificar todos os grupos metil e átomos de oxigênio da cafeína e de outros derivados da purina. A cafeína geralmente é excretada em uma forma modificada, por exemplo, como um ácido úrico metilado.
Uma das maneiras pelas quais o ácido úrico funciona como "antioxidante" é modificando a atividade da enzima xantina oxidase, que no estresse pode se tornar uma fonte perigosa de radicais livres. A cafeína também restringe essa enzima. Há várias outras maneiras pelas quais o ácido úrico e a cafeína (e uma variedade de xantinas intermediárias) protegem contra o dano oxidativo. Descobriu-se, por exemplo, que as pessoas que bebem café têm níveis mais baixos de cádmio nos rins do que as pessoas que não usam café, e sabe-se que o café inibe a absorção de ferro pelo intestino, ajudando a evitar a sobrecarga de ferro.
As toxinas e os fatores estressantes geralmente matam as células no cérebro, no fígado e no sistema imunológico, por exemplo, fazendo com que as células gastem energia mais rapidamente do que a velocidade de reposição. Há um sistema enzimático que repara os danos genéticos chamado "PARP". A ativação dessa enzima é um grande dreno de energia e as substâncias que a inibem podem evitar a morte da célula. A niacina e a cafeína podem inibir essa enzima o suficiente para evitar esse tipo característico de morte celular sem impedir a renovação celular normal; ou seja, elas não produzem tumores ao impedir a morte de células que não são necessárias.
As purinas são importantes em uma grande variedade de processos regulatórios e a cafeína se encaixa nesse sistema complexo de outras maneiras que, muitas vezes, são protetoras contra o estresse. Por exemplo, foi proposto que o chá pode proteger contra doenças circulatórias ao evitar a coagulação anormal e o mecanismo parece ser que a cafeína (ou teofilina) tende a restringir a agregação plaquetária induzida pelo estresse.
Quando as plaquetas se aglomeram, elas liberam vários fatores que contribuem para o desenvolvimento de um coágulo. A serotonina é um deles e é liberada por outros tipos de células incluindo mastócitos, basófilos e células nervosas. A serotonina produz espasmos vasculares, aumento da pressão arterial, vazamento e inflamação dos vasos sanguíneos e a liberação de muitos outros mediadores do estresse. A cafeína, além de inibir a agregação plaquetária, também tende a inibir a liberação de serotonina ou a promover sua absorção e ligação.
J. W. Davis et al., em 1996, descobriram que níveis elevados de ácido úrico parecem proteger contra o desenvolvimento da doença de Parkinson. Eles atribuíram esse efeito à função antioxidante do ácido úrico. No entanto, o consumo de café, que reduz os níveis de ácido úrico, parece ser muito mais protetor contra o mal de Parkinson do que o ácido úrico.
Possivelmente, mais importante do que a capacidade do café de proteger a saúde é a forma como ele o faz. Os estudos que tentaram reunir evidências para mostrar que o café é prejudicial e descobriram o contrário forneceram informações sobre várias doenças. Por exemplo, os efeitos do café sobre a serotonina são muito semelhantes aos do dióxido de carbono e do hormônio da tireoide. Perceber que o consumo de café está associado a uma baixa incidência da doença de Parkinson pode chamar a atenção para as formas como a tireoide, o dióxido de carbono, a serotonina, o estrogênio, os mastócitos, a histamina e a coagulação do sangue interagem para produzir a morte das células nervosas.
Pensar em como a cafeína pode ser benéfica em um espectro tão amplo de problemas pode nos dar uma perspectiva sobre as semelhanças de sua fisiologia e bioquímica subjacentes, expandindo as implicações do estresse, da energia biológica e da adaptabilidade.
A observação de que os consumidores de café têm baixa incidência de suicídio, por exemplo, pode estar fisiologicamente relacionada ao grande aumento da taxa de suicídio entre as pessoas que usam os novos antidepressivos chamados "inibidores da recaptação de serotonina". O excesso de serotonina causa várias das características da depressão, como desamparo aprendido e redução da taxa metabólica, enquanto o café estimula a captação (inativação ou armazenamento) de serotonina, aumenta a energia metabólica e tende a melhorar o humor. Em estudos com animais, ele reverte o estado de desamparo ou desespero, muitas vezes com mais eficácia do que os chamados antidepressivos.
As pesquisas sobre os efeitos da cafeína sobre a pressão arterial e sobre o uso de energia pelas células de maior ação metabólica ainda não esclareceram seus efeitos sobre a respiração e a nutrição, mas alguns desses experimentos confirmam coisas que os consumidores de café geralmente aprendem por si mesmos.
Muitas vezes, uma mulher que acha que tem sintomas de hipoglicemia diz que tomar até mesmo a menor quantidade de café a deixa ansiosa e trêmula. Às vezes, eu sugiro que elas tentem tomar cerca de 30 ml de café com creme ou leite junto com uma refeição. É comum que elas percebam que isso reduz os sintomas de hipoglicemia e permite que fiquem livres dos sintomas entre as refeições. Embora não saibamos exatamente por que a cafeína melhora a resistência de um atleta, acho que os mesmos processos estão envolvidos quando o café aumenta a resistência de uma pessoa em atividades comuns.
A cafeína tem paralelos notáveis com a tireoide e a progesterona e o uso de café ou chá pode ajudar a manter sua produção ou compensar sua deficiência. As mulheres espontaneamente tomam mais café no período pré-menstrual e, como se sabe que a cafeína aumenta a concentração de progesterona no sangue e no cérebro, essa é obviamente uma forma espontânea e racional de automedicação, embora os editores médicos gostem de ver as coisas de forma causalmente inversa e culpem o consumo de café pelos sintomas que, na verdade, está aliviando. Algumas mulheres notaram que o efeito de um suplemento de progesterona é mais forte quando o tomam com café. Isso é semelhante à sinergia entre a tireoide e a progesterona (que provavelmente está envolvida no processo) uma vez que a cafeína tende a ativar localmente a secreção da tireoide por uma variedade de mecanismos, aumentando o AMP cíclico e diminuindo a serotonina nas células da tireoide e também diminuindo os mediadores do estresse sistêmico.
Os editores médicos gostam de publicar artigos que reforçam preconceitos importantes, mesmo que, do ponto de vista científico, sejam lixo. O ímpeto de uma ideia ruim provavelmente pode ser medido pelas toneladas de papel brilhante que foram utilizadas em seu desenvolvimento. Apenas para o bem do meio ambiente, seria bom se os editores tentassem pensar em termos de evidências e mecanismos biológicos em vez de estereótipos.
Texto original traduzido por Chris VaradyFiziol Zh SSSR Im I M Sechenova 1975 Oct;61(10):1531-8. [Changes in the resistance and capacity of the cerebral vascular bed under the influence of vasoactive substances]. [Article in Russian] Krasil'nikov, V.G. Effects of intracarotid injections of vasoactive agents on cerebrovascular resistance (CVR) and cerebral blood volume (CBV) were studied in hemodynamically isolated brain of cats. Perfusion pressure shifts at a constant blood volume perfusion reflected CVR changes, and changes of venous outflow - CBV alterations. Administration of adrenaline, serotonin, and angiotensine was followed mainly by an increase of CVR and a decrease of CBV. The CVR could be reduced by isopropilnoradrenaline, acetylcholine, histamine, and caffeine. CBV was decreased after isopropilnoradrenaline, acetycholine, histamine injections and increased by caffeine. The possible role of the active changes of cerebral capacitance vessels in the transcapillary fluid exchange is discussed. Capacitance vessels active responses are supposed to entail wrong results when using certain techniques for measurement of cerebral blood flow and metabolism.
Proc Soc Exp Biol Med 1999 Apr;220(4):244-8. The prevention of lung cancer induced by a tobacco-specific carcinogen in rodents by green and black Tea. Chung FL “The oxidation products found in black tea, thearubigins and theaflavins, also possess antioxidant activity, suggesting that black tea may also inhibit NNK-induced lung tumorigenesis. Indeed, bioassays in A/J mice have shown that black tea given as drinking water retarded the development of lung cancer caused by NNK.” “We conducted a 2-year lifetime bioassay in F344 rats to determine whether black tea and caffeine are protective against lung tumorigenesis induced by NNK. Our studies in both mice and rats have generated important new data that support green and black tea and caffeine as potential preventive agents against lung cancer, suggesting that a closer examination of the roles of tea and caffeine on lung cancer in smokers may be warranted.”
Pharmacol Biochem Behav 2000 May;66(1):39-45. Caffeine-induced increases in the brain and plasma concentrations of neuroactive steroids in the rat. Concas A, Porcu P, Sogliano C, Serra M, Purdy RH, Biggio G. “A single intraperitoneal injection of caffeine induced dose- and time-dependent increases in the concentrations of pregnenolone, progesterone, and 3alpha-hydroxy-5alpha-pregnan-20-one (allopregnanolone) in the cerebral cortex.” “Caffeine also increased the plasma concentrations of pregnenolone and progesterone with a dose-response relation similar to that observed in the brain . . .” “Moreover, the brain and plasma concentrations of pregnenolone, progesterone, and allopregnanolone were not affected by caffeine in adrenalectomized-orchiectomized rats.”
Cancer Res 1998 Sep 15;58(18):4096-101. Inhibition of lung carcinogenesis by black tea in Fischer rats treated with a tobacco-specific carcinogen: caffeine as an important constituent. Chung FL, Wang M, Rivenson A, Iatropoulos MJ, Reinhardt JC, Pittman B, Ho CT, Amin SG. “The NNK-treated group, given 2% black tea, showed a significant reduction of the total lung tumor (adenomas, adenocarcinomas, and adenosquamous carcinomas) incidence from 47% to 19%, whereas the group given 1% and 0.5% black tea showed no change. The 2% tea also reduced liver tumor incidence induced by NNK from 34% in the group given only deionized water to 12%.” “The most unexpected finding was the remarkable reduction of the lung tumor incidence, from 47% to 10%, in the group treated with 680 ppm caffeine, a concentration equivalent to that found in the 2% tea. This incidence is comparable to background levels seen in the control group. This study demonstrated for the first time in a 2-year lifetime bioassay that black tea protects against lung tumorigenesis in F344 rats, and this effect appears to be attributed, to a significant extent, to caffeine as an active ingredient of tea.”
Cancer Lett 1991 Mar;56(3):245-50. Inhibition by caffeine of ovarian hormone-induced mammary gland tumorigenesis in female GR mice. VanderPloeg LC, Welsch CW. “Hormone treatment induced mammary tumors in 95-100% of the mice. Caffeine treatment significantly (P less than 0.05) reduced the mean number of mammary tumors per mouse and significantly (P less than 0.05) increased the mean latency period of mammary tumor appearance.”
Breast Cancer Res Treat 1991 Nov;19(3):269-75. Caffeine inhibits development of benign mammary gland tumors in carcinogen-treated female Sprague-Dawley rats. Wolfrom DM, Rao AR, Welsch CW.
Cancer 1985 Oct 15;56(8):1977-81. The inhibitory effect of caffeine on hormone-induced rat breast cancer. Petrek JA, Sandberg WA, Cole MN, Silberman MS, Collins DC. “The current investigation examines the effect of two caffeine doses in ACI rats with and without diethylstilbestrol (DES). Without DES, cancer did not develop in any of the rats receiving either of the two caffeine dosages. With DES, increasing caffeine dosage lengthened the time to first cancer, decreased the number of rats that developed cancers, and decreased the number of cancers overall.” “In conclusion, chronic caffeine ingestion inhibits rat breast cancer, neither by interfering with the high prolactin levels--a necessary step in murine tumor development--nor by causing hypocaloric intake.”
Nutr Cancer 1998;30(1):21-4. Association of coffee, green tea, and caffeine intakes with serum concentrations of estradiol and sex hormone-binding globulin in premenopausal Japanese women. Nagata C, Kabuto M, Shimizu H. “Although the effect of caffeine cannot be distinguished from effects of coffee and green tea, consumption of caffeine-containing beverages appeared to favorably alter hormone levels associated with the risk of developing breast cancer.”
J Environ Pathol Toxicol Oncol 1992; 11(3):177-89. Caffeine, theophylline, theobromine, and developmental growth of the mouse mammary gland. VanderPloeg LC, Wolfrom DM, Rao AR, Braselton WE, Welsch CW. “These data demonstrate that certain methylxanthines (e.g., caffeine and theophylline) but not others (e.g., theobromine) can significantly enhance mammotrophic hormone-induced mammary lobulo-alveolar differentiation in female Balb/c mice, an effect that appears not to be manifested via a direct action of the methylxanthines on the mammary gland.”
J Environ Pathol Toxicol Oncol 1994;13(2):81-8. Enhancement by caffeine of mammary gland lobulo-alveolar development in mice: a function of increased corticosterone. Welsch CW, VanderPloeg LC. Previously we have reported that the stimulatory effect of caffeine on lobulo-alveolar development in the mammary glands of female Balb/c mice is not due to a direct action of the drug on the mammary gland but appears to be due to a caffeine-induced alteration of a yet to be defined systemic physiological process (VanderPloeg et al., J Environ Pathol Toxicol Oncol 11:177-189, 1992). “In the present study, we administered caffeine (via the drinking water, 500 mg/L) to ovariectomized, estrogen- and progesterone-treated Balb/c mice. After 30 days of caffeine treatment, a significant (p < 0.001) enhancement of lobulo-alveolar development in the mammary glands of the hormone-treated mice, compared with hormone treated control mice, was observed.”
Am J Clin Nutr 1997 Jun;65(6):1826-30. Dietary caffeine intake and bone status of postmenopausal women. Lloyd T, Rollings N, Eggli DF, Kieselhorst K, Chinchilli VM.
Eur J Epidemiol 1993 May;9(3):293-7. Unexpected effects of coffee consumption on liver enzymes. Casiglia E, Spolaore P, Ginocchio G, Ambrosio GB. Istituto di Medicina Clinica, Universita di Padova, Italy. The effects of regular daily coffee consumption on liver enzymes were studied in a large number of subjects from the general population. In coffee drinkers, liver enzymes (gamma-glutamyl transferase, alanine-amino transferase, and alkaline phosphatase) and serum bilirubin were lower than in non-coffee-drinking subjects or in those consuming less than 3 cups daily. The hypothesis proposed is that liver enzymes are a target for caffeine contained in coffee.
Anticancer Res 1996 Jan-Feb;16(1):151-3 Suppression by coffee cherry of the growth of spontaneous mammary tumours in SHN mice. Nagasawa H, Yasuda M, Sakamoto S, Inatomi H Experimental Animal Research Laboratory, Meiji University, Kanagawa, Japan. We previously found that coffee cherry (CC), residue after removal of coffee beans, significantly suppressed the development of spontaneous mammary tumours of mice. In this paper, the effects of CC on the growth of the palpable size of this type of tumour was examined. Free access as drinking water of 0.5% solution of the hot water extract of CC for 10 days resulted in a marked inhibition of the tumour growth: The percent changes of tumour sizes were 53.8 +/- 11.7% and 13.8 +/- 10.9% in the control and the experimental groups, respectively. Associated with this, thymidylate synthetase activity in the mammary tumours was significantly lower in the experimental group than in the control. Normal and preneoplastic mammary gland growth, body weight change and weights and structures of endocrine organs were only slightly affected by the treatment. The findings indicate that CC is promising as an antitumour agent.
Yakugaku Zasshi 1997 Jul;117(7):448-54. [Effect of tea extracts, catechin and caffeine against type-I allergic reaction]. [Article in Japanese] Shiozaki T, Sugiyama K, Nakazato K, Takeo T. “Caffeine also showed a inhibitory effect on the PCA reaction. These results indicate that tea could provide a significant protection against the type-I allergic reaction. These findings also suggest that tea catechins and caffeine play an important role in having an inhibitory effect on the type-I allergic reaction.”
Acta Chir Scand 1989 Jun-Jul;155(6-7):317-20. Does coffee consumption protect against thyroid disease? Linos A, Linos DA, Vgotza N, Souvatzoglou A, Koutras DA
Br J Nutr 1999 Aug;82(2):125-30. Inverse association between coffee drinking and serum uric acid concentrations in middle-aged Japanese males. Kiyohara C, Kono S, Honjo S, Todoroki I, Sakurai Y, Nishiwaki M, Hamada H, Nishikawa H, Koga H, Ogawa S, Nakagawa K
Cancer Res 1997 Jul 1;57(13):2623-9. Effects of tea, decaffeinated tea, and caffeine on UVB light-induced complete carcinogenesis in SKH-1 mice: demonstration of caffeine as a biologically important constituent of tea. Huang MT, Xie JG, Wang ZY, Ho CT, Lou YR, Wang CX, Hard GC, Conney A.H.
Mutat Res 1981 Jun;89(2):161-77. Non-mutagenicity of urine from coffee drinkers compared with that from cigarette smokers. Aeschbacher HU, Chappuis C.
Biol Neonate 1981;40(3-4):196-8. The effects of maternal carbohydrate (sucrose) supplementation on the growth of offspring of pregnancies with habitual caffeine consumption. Dunlop M, Court JM, Larkins RG. “When maternal caffeine (10 mg/kg/day) was consumed together with supplementary sucrose (7 g/kg/day) the expected offspring growth reduction attributed to caffeine did not occur.”
Biochim Biophys Acta 1992 Dec 15;1175(1):114-22. Caffeine promotes survival of cultured sympathetic neurons deprived of nerve growth factor through a cAMP-dependent mechanism. Tanaka S, Koike T.
JAMA 2000 May 24-31;283(20):2674-9. Association of coffee and caffeine intake with the risk of Parkinson disease. Ross GW, Abbott RD, Petrovitch H, Morens DM, Grandinetti A, Tung KH, Tanner CM, Masaki KH, Blanchette PL, Curb JD, Popper JS, White LR.
Farmakol Toksikol 1983 Sep-Oct;46(5):107-11 [Use of the swimming test for demonstrating antidepressive activity of drugs during single and repeated administration]. [Article in Russian] Rusakov DIu, Val'dman AV. “The use of the "swimming test" made it possible to identify the activity of tricyclic (desipramine, chlorimipramine, amitryptyline) and atypical antidepressants (befuralin, zimelidine, trazodon), that of pyrazidol (type A MAO inhibitor) and of a number of new compounds--derivatives of benzofuran and morpholine upon single and chronic administration. To define the method specificity, use was made of the neuroleptic haloperidol, the tranquilizer diazepam, and of nembutal, which did not exhibit any activity in the test in question. Psychostimulants (amphetamine, caffeine) dramatically increased the time of active swimming. The effect lasted throughout all the 30 minutes of testing, which is not characteristic for antidepressants.”
Gen Pharmacol 1996 Jan;27(1):167-70 The influence of antagonists of poly(ADP-ribose) metabolism on acetaminophen hepatotoxicity. Kroger H, Ehrlich W, Klewer M, Gratz R, Dietrich A, Miesel R.
Ann Clin Lab Sci 1977 Jan-Feb;7(1):68-72. Effects of drugs on platelet function. Morse EE.
Thromb Haemost 1982 Apr 30;47(2):90-5. Effect of cAMP phosphodiesterase inhibitors on ADP-induced shape change, cAMP and nucleoside diphosphokinase activity of rabbit platelets. Lam SC, Guccione MA, Packham MA, Mustard JF.
Carcinogenesis 1998 Aug;19(8):1369-75. The coffee-specific diterpenes cafestol and kahweol protect against aflatoxin B1-induced genotoxicity through a dual mechanism. Cavin C, Holzhauser D, Constable A, Huggett AC, Schilter B.
Am J Epidemiol 1994 Apr 1;139(7):723-7. Coffee and serum gamma-glutamyltransferase: a study of self-defense officials in Japan. Kono S, Shinchi K, Imanishi K, Todoroki I, Hatsuse K.
Carcinogenesis 1996 Nov;17(11):2377-84 Placental glutathione S-transferase (GST-P) induction as a potential mechanism for the anti-carcinogenic effect of the coffee-specific components cafestol and kahweol. Schilter B, Perrin I, Cavin C, Huggett AC
J Nutr 1999 Jul;129(7):1361-7. Teas and other beverages suppress D-galactosamine-induced liver injury in rats. Sugiyama K, He P, Wada S, Saeki S
Nutr Cancer 1999;33(2):146-53. Effects of oral administration of tea, decaffeinated tea, and caffeine on the formation and growth of tumors in high-risk SKH-1 mice previously treated with ultraviolet B light. Lou YR, Lu YP, Xie JG, Huang MT, Conney AH.
Ind Health 2000 Jan;38(1):99-102. Effects of coffee consumption against the development of liver dysfunction: a 4-year follow-up study of middle-aged Japanese male office workers. Nakanishi N, Nakamura K, Suzuki K, Tatara K.
Ind Health 2000 Jan;38(1):99-102. Effects of coffee consumption against the development of liver dysfunction: a 4-year follow-up study of middle-aged Japanese male office workers. Nakanishi N, Nakamura K, Suzuki K, Tatara K. .
Biochim Biophys Acta 1992 Dec 15; 1175(1):114-22. Caffeine promotes survival of cultured sympathetic neurons deprived of nerve growth factor through a cAMP-dependent mechanism. Tanaka S, Koike T.
Int J Epidemiol 1998 Jun;27(3):438-43. Coffee consumption and decreased serum gamma-glutamyltransferase and aminotransferase activities among male alcohol drinkers. Tanaka K, Tokunaga S, Kono S, Tokudome S, Akamatsu T, Moriyama T, Zakouji H. “. . . recent epidemiological studies have suggested unexpected, possibly beneficial effects of coffee against the occurrence of alcoholic liver cirrhosis and upon serum liver enzyme levels.” “Increased coffee consumption was strongly and independently associated with decreased GGT activity among males (P trend < 0.0001); the inverse association between coffee and serum GGT was more evident among heavier alcohol consumers (P < 0.0001), and was absent among non-alcohol drinkers.” “Similar inverse associations with coffee and interactions between coffee and alcohol intake were observed for serum aspartate aminotransferase and alanine aminotransferase. Intake of green tea, another popular source of caffeine in Japan, did not materially influence the liver enzyme levels. CONCLUSIONS: Our results suggest that coffee may inhibit the induction of GGT in the liver by alcohol consumption, and may possibly protect against liver cell damage due to alcohol.”
Am J Hosp Pharm 1989 Oct;46(10):2059-67. Abuse of drugs used to enhance athletic performance. Wagner JC.